ADRIANA FERNANDES
BIO
Designer, educadora e pesquisadora. Mestre em Design Industrial e de Produto pela Universidade do Porto, e doutoranda na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Especialista em design estratégico, inovação e economia criativa, estudo o design como uma ferramenta de impacto para mudanças positivas nos negócios, sociais e ambientais.
Atuo na área de desenho industrial há mais de 20 anos, desenvolvendo produtos e projetos de iluminação. Na área acadêmica desde 2006, já lecionei em diversas universidades brasileiras em cursos de graduação e pós-graduação em design. Em 2013 realizei uma transição profissional planejada, migrando do universo do design industrial para um caminho voltado ao design estratégico, economia criativa e inovação social. Desde então participei de projetos nesta área com excelentes parceiros que me permitiram delinear uma nova forma de fazer design - ética, humana e ativista.
Em Portugal desde 2020, colaborei como investigadora na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, coordenando as atividades da “Oficina Design”, um projeto de design para a sustentabilidade e inovação social desenvolvido pela Câmara Municipal de Matosinhos, ADEIMA e o Design Studio FEUP. Sou também consultora de design, atuando em projetos que visam a aplicação do design estratégico como ferramenta de transformação, em parceria com importantes instituições brasileiras como o Instituto de Pesquisa em Tecnologia e Inovação (SE, Brasil), SEBRAE (Brasil), Instituto Europeo di Design (Brasil) e o CEARTE, em Portugal.
VISÃO
Apaixonada. Por design, por pessoas e pelo que o design pode fazer pelas pessoas. Busco constantemente sentido e significado para a tarefa de desenhar um novo produto ou serviço. Meu interesse é tornar o entendimento do design mais relevante para públicos sub-representados, e por isso acredito em metodologias participativas e de co-criação.
Minha investigação no doutorado, atualmente em desenvolvimento, reflete esta abordagem horizontal e que pretende tornar o design uma ferramenta de transformação, acessível a designers e não designers, especificamente junto à um público de artesãos, artistas e designers. Em minha pesquisa, pretendo conduzir estudos participativos para rastrear o impacto do pensamento sistêmico e das ferramentas do design estratégico no desenvolvimento da resiliência de pequenos negócios de base artesanal, contribuindo assim para o desenvolvimento e empoderamento de comunidades locais, na valorização dos territórios e na preservação do patrimônio cultural imaterial que as técnicas tradicionais representam.
Na minha visão, essa confluência é o lado humano do design. Não o produto, não o mercado. Sim o processo, a relação, a experiência do fazer.